Home » Notícias » Notícias Antigas » Notícias-antigas » Setembro Amarelo: MPRN destaca papel de familiares e amigos na prevenção ao suicídio

Setembro Amarelo: MPRN destaca papel de familiares e amigos na prevenção ao suicídio

Compartilhar
Imprimir
O suicídio é a segunda maior causa de morte no mundo entre jovens de 15 a 29 anos e, no Brasil, é a quarta maior causa – perdendo para casos envolvendo violência e acidentes. Os dados estão disponíveis no site do Ministério da Saúde e revelam uma realidade que, muitas vezes, parece passar despercebida do público em geral.
 
Para trazer o tema à pauta, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) aderiu à campanha “Setembro Amarelo” de prevenção ao suicídio. A fachada da sede da Procuradoria-Geral de Justiça, em Natal, está iluminada com a cor alusiva ao período, como forma de alerta a esse drama que afeta todas as esferas, sem distinguir classe social, grau de instrução, orientação sexual e idade.
 
No esforço para combater o crescimento desse problema, o papel dos familiares e amigos é fundamental. A pessoa que manifesta indícios que podem levar ao suicídio, em muitos casos, é vítima de preconceitos. São comuns comentários como “isso é para chamar a atenção”, “é só drama”, “ele não tem motivos para querer se matar”. No entanto, a cartilha disponibilizada no site do Ministério da Saúde orienta como lidar com esses casos.
 
O material explica que, em geral, os suicídios são premeditados e as pessoas dão indícios de suas intenções. Dessa forma, reconhecer os sinais de alerta e oferecer apoio são as mais eficientes formas de prevenção. Embora não devam ser observados isoladamente, alguns aspectos podem demonstrar intenções suicidas.
 
Entre os sinais mais comuns estão: a preocupação com sua própria morte ou falta de esperança – pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro; a expressão de ideias ou de intenções suicidas – não se deve ignorar comentários como “vou desaparecer”, “vou deixar vocês em paz” e “eu queria poder dormir e nunca mais acordar”; e isolamento – os suicidas em potencial tendem a se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer. 
 
Além desses sinais, outros fatores podem alimentar as intenções de tirar a própria vida, como: perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas ou físicas, sofrimento no trabalho e diminuição ou ausência de autocuidado.
 
Para buscar ajuda sobre o assunto basta ligar para o número 188, do Centro de Valorização da Vida (CVV). O centro possui atendimento 24h, com sigilo total sobre as informações coletadas. Além disso, o CVV possui diversas unidades em todo o país para atendimento. No Rio Grande do Norte, de acordo com o site da entidade, há duas unidades: em Natal, na Av. Junqueira Aires, 390 – Cidade Alta; e em Caicó, Praça Dom José Delgado, nº 51, Bairro Paraíba.
 
Nesse quadro de crescimento dos casos de suicídio, às vezes, uma atitude simples como olhar para o seu amigo do lado, pode salvar uma vida.
Compartilhar
Imprimir

Notícias Recentes

Pular para o conteúdo