O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da Ouvidoria das Mulheres e o Núcleo de Apoio à Mulher Vítima de Violência Doméstica (Namvid), realizou nesta quarta e quinta-feira (26 e 27) uma capacitação mais de 180 praças da Polícia Militar. O curso foi ministrado no auditório da sede da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), em Candelária, e faz parte do curso de formação dos policiais.
A iniciativa faz parte projeto “Por uma Vida de Respeito e Paz”, que tem como objetivo conscientizar e capacitar agentes das forças de segurança sobre violência doméstica, a cultura do estupro , medidas protetivas e assédio sexual para que possam realizar um atendimento humanizado, especializado e consciente.
“O policial precisa saber o que é e como incentivar as mulheres a pedirem as medidas protetivas, por exemplo. Eles são o primeiro contato da abordagem, então precisam entender e ter essa sensibilidade na hora de proteger essa mulher. Eles precisam entender o ciclo da violência, porque a mulher silencia, porque muitas vezes a mulher desiste de denunciar. Por que não podem desistir de proteger aquele indivíduo tão fragilizado e que muitas vezes não está protegido exatamente dentro do seu lar”, explica a promotora de Justiça Mariana Barbalho, ouvidora do MPRN.
A coordenadora do Namvid, a promotora de Justiça Ana Jovina, registrou ainda o potencial de beneficiar vários batalhões, já que os policiais participantes ainda serão designados aos seus batalhões.
“Com o projeto, suscitamos os policiais a atuarem no seu dia a dia com perspectiva de gênero. Esse efetivo daqui a pouco estará tomando posse nas suas atribuições em diversos municípios e cada um deles sairá daqui refletindo sobre essa questão da perspectiva de gênero, da busca da isonomia de gênero e também dos institutos da Maria da Penha”, explica a promotora.
PROJETO
O projeto “Por uma Vida de Respeito e Paz” vem sendo realizado em diferentes unidades das forças militares do estado, com foco especial no interior. Outro objetivo da iniciativa é promover o fortalecimento da Patrulha Maria da Penha nos municípios que dispõe do serviço, ampliando o conhecimento dos agentes sobre o tema e garantindo um atendimento mais qualificado às vítimas.















