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MP apresenta dados de homicídios subnotificados no RN

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De janeiro a abril deste ano, o relatório mostrou 550 vítimas de execução nos municípios monitorados, das quais, apenas 135 chegaram até o Judiciário após instauração de inquérito policial (123) e apuração de atos infracionais (12)


O Procurador-Geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, e a Coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais (Caop Criminal), promotora de Justiça Luciana Andrade D’Assunção, concederam entrevista coletiva à imprensa, na tarde dessa terça-feira (26), para apresentar o primeiro relatório quadrimestral do projeto institucional para combate a subnotificação de homicídios no Rio Grande do Norte.

De janeiro a abril deste ano, o relatório mostrou 550 vítimas de execução nos municípios monitorados. Desse total, apenas 135 chegaram até o Judiciário após instauração de inquérito policial (123) e apuração de atos infracionais (12). Para se ter ideia da diferença entre os crimes registrados e os subnotificados, no ano passado foram contabilizados 1.600 crimes de execução ao passo que, desse toral, foram somente abertos 299 inquéritos para investigar esses homicídios, e encaminhados à justiça, enquanto que o restante não passou por qualquer tipo de registro e investigação.

A situação de violência é grave nos mais populosos municípios do Estado, contudo, o monitoramento caso a caso vem permitindo reduzir a subnotificação nas principais cidades, com o conhecimento formal das ocorrências pelo MPRN, polícia e o Judiciário. Em Natal foram registrados 200 homicídios no período pesquisado, destas 130 foram contempladas com investigação; em Mossoró foram 59, sendo quase a totalidade contemplada com investigação e quase metade remetida ao Judiciário; o município de Assu teve 100% dos homicídios remetidos à justiça (conforme dados observados na tabela abaixo).

O objetivo principal do levantamento dos dados é acompanhar essas investigações dos casos e traçar o mapa da violência no Estado, além de buscar e assegurar a cobertura de todas as mortes intencionais.


O Procurador-Geral de Justiça e a Coordenadora do Caop Criminal, Luciana D’Assunção, apresentaram todas as informações apuradas e organizadas dentro de uma planilha, detalhando cada crime, sua localidade e se passou por algum tipo de registro ou investigação por parte da polícia, bem como se houve consolidação dos procedimentos primários de algum crime.

 

ALGUNS RESULTADOS OBSERVADOS

MUNICÍPIO

REMESSA AO JUDICIÁRIO

OBSERVAÇÕES

Natal

32 (6 PAIs e 26 IPs)

200 vítimas, destas 130 já foram contempladas com apuração – 65%

Parnamirim

3

41 vítimas

Mossoró

25

59 vítimas, quase a metade das ocorrências foi remetida ao Judiciário, e quase a metade contemplada com investigação

Assu

12

12 vítimas, todas ocorrências remetidas para a Justiça


Veja aqui a planilha completa de subnotificações.

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