O segundo julgamento, que resultou na condenção, só aconteceu depois do requerimento do Promotor de Justiça Augusto Flávio
Depois de 10 horas de julgamento, a Justiça condenou a nove anos de prisão, em regime fechado, o auditor fiscal paraibano Lúcio Flávio acusado do acidente que provocou a morte de Maria José de Vasconcelos Alves, esposa do conselheiro do Tribunal de Contas, José Gobat Alves. No acidente de trânsito, o conselheiro sofreu lesões graves que o deixaram em coma por anos.
O primeiro julgamento foi anulado por falhas técnicas. O réu apresentou laudos que atestavam problemas de saúde que o impediriam de estar presente no segundo julgamento. Mas, os exames foram contestados pelo Promotor de Justiça Augusto Flávio de Azevedo. O representante do MPRN requisitou ao Ministério Público da Paraíba que investigasse a veracidade dos laudos, uma vez que o auditor apresentou atestado de total incapacidade, mas conseguiu renovar a carteira de habilitação no mesmo período em que alegava doença.
Lúcio Flávio Barbosa foi condenado a 9 anos de prisão. O Promotor de Justiça Augusto Azevedo argumentou que o réu estava embriagado ao passar no sinal vermelho e se chocar com o carro do conselheiro. Dentro do carro do auditor fiscal havia uma garrafa de bebida alcoólica. O Promotor de Justiça afastou o peso econômico e político de José Gabat, que era dono do jornal Tribuna do Norte e irmão do ex-ministro Aluízio Alves. Augusto Azevedo concentrou a argumentação nas provas contra Lúcio Flávio Barbosa.