Promotoria de Justiça de Ceará-Mirim quer que o Estado informe à população sobre os riscos de disseminação do mormo e da anemia equina, transmissíveis ao homem
Segunda-feira, 4, às 9h, no auditório da PGJ, o Ministério Público fará uma audiência para discutir a saúde dos animais que vão participar da XIII Cavalgada do Vale, em Ceará-Mirim. A preocupação da Promotoria de Justiça da cidade é quanto à possibilidade de disseminação entre pessoas e animais de doenças incuráveis e sem vacina, cujos principais transmissores são cavalos, jegues e mulas.
Uma das doenças é o mormo, transmitida pela baba e fezes dos animais e que também contamina o homem. Outra doença é a anemia infecciosa equina que, no Rio Grande do Norte existem registros de vários focos, inclusive no município de Ceará-Mirim.
Com a audiência, o Promotor de Justiça de Ceará-Mirim, Antônio de Siqueira Cabral, quer que todos os órgãos que trabalham com sanidade animal se comprometam a divulgar a existência da doença no Estado para que a população se previna. Foram convidados para o evento representantes da Associação de Criadores (Anorc), Idiarn, Secretaria de Agricultura do RN, Conselho Regional de Medicina Veterinária, Superintendência do Ministério da Agricultura, além da Secretaria de Saúde do RN e da Prefeitura de Ceará-Mirim. Os organizadores da cavalgada também vão participar da discussão.
“A sociedade precisa saber que não há vacina e nem cura para estas doenças e que há focos no Estado”, diz o Promotor de Justiça.
Sobre o mormo
No animal a doença provoca febre, emagrecimento, tosse, corrimento nasal e lesões na pele, no início nodulares e que depois evoluem para úlceras. Quando detectado o mormo, o animal tem que ser sacrificado.
Sobre a anemia
Provocada por um vírus, transmitido pelo sangue do animal através de agulhas, arreios, leite, placenta e sêmen. Também não tem cura e nem vacina e o animal doente também tem que ser sacrificado.